Eu abro a caixa de Pandora e toda a ânsia e angústia do meu mundo sai instantâneamente dali.
Sinto aquele gosto de bile na boca, e sorrio, apesar de ter lágrimas nos olhos.
É exaustivo encarar a caixa.
É cansativo carregar os demônios trancados por ali.
Tenho tentando deixar aberta , mesmo que isso signifique lágrimas, bile e sarcasmo.
Quero que a caixa fique aberta, porque aí eu não preciso carregar ela por aí, ela esvazia e eu não preciso mais.
Mergulho na água.
O coração acelerado martela no ouvido. Tem dias que eu não lembro como respirar. Falta o ar entrando pelo nariz e saindo pela boca.
Sinto o pé batendo no fundo da água
E subo. Batendo as pernas com força.
Lembro do empuxo, e das leis da física,
Meio nerd, até quando acha que vai morrer.
Alcanço a superfície. O ar entra. Afundo de novo.
O exército é esse , afundar , bater o pé e subir .
Encontro a caixa de Pandora escancarada quando saio da água.
E a esperança de que as coisas vão melhorar continua inquieta e parada ali.
Porra! nem pra deixar a maldita sair !
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