Eu só acho engraçado que...
Essa frase sempre aparece depois que se diz que o que tá doendo não doeu.
O hábito de mascarar nossa vulnerabilidade é um questão de sobrevivência. É um mecanismo de defesa antigo, que permite que enquanto "presa" na natureza selvagem a gente sobreviva.
O que é interessante tbm é que se queremos viver plenamente, a gente precisa abrir essas portas e esses sentimentos. Se permitir tocar profundamente e ser tocado.
Abrir-se para sentir, vem com um certo gosto amargo. E é por isso, que não se deve beber o sentimento num shot só.
Tal qual uma dose de cachaça,
Virar os sentimentos de uma vez ,
só vai te fazer a garganta arder e que você se torne mais confusa com você mesma e com tudo aquilo que veio de uma vez.
Beber em pequenos goles, deixando a bebida arder na boca , e depois descer suave e esquentando por dentro.
Como deve ser o sentir sabe ?!?! ?
Quentinho.
A gente se expressa querendo dizer quem é o mais forte, o que se importa menos, o que supera mais.
Superar tem a ver com sentir.
E não deve ser jogado pra baixo do tapete
A superação vem de encarar "a coisa" de mtos ângulos e depois abrir a mão e deixar o sentimento ir embora ou se espatifar no chão.
Sem pressa...
De um jeito ou de outro, "a coisa" deixa de ser sua quando vc recolhe o que te cabe, o que te pertence e deixa ir o que não é.
Encarar , decifrar, soltar.
Leva tempo.
E não se pode pular etapa para não explodir na sua cara.
Faça a digestão pequena.
Ache graça.
Durma.
Se reencontre.
Amanhã é seu de novo.
Gosto da ideia de que o tempo é uma percepção relativizada.
Me empenho para que a meus sentimentos também.
Eu só acho engraçado que doeu. Dói, mas é bom.
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