Acho que quando a gente nasce inúmeras lanternas se acendem e demonstram inúmeros caminhos para que se escolha por onde seguir. Quando se escolhe um caminho, ele se acende e os demais que partem daquele mesmo ponto se apagam. Isso acontece com todas as pessoas e de certa forma em algum momentos as lúminárias se cruzam numa profusão de cores, emoções e resultantes de novos caminhos coloridos.
Quantas jornadas se apagaram por caminhos que não foram escolhidos?
Durante um bom tempo eu me senti vazia. Como se de alguma forma a resultante de emoções e escolhas pudessem ser erros.
Mas a verdade é que não existe erros. é só a vida. E que observar o mapa dos caminhos sem me cegar pelas luzes, fazem eu receber com carinho e acolhimento o passado, entende-lo, e com astúcia seguir em frente.
É engraçado como nas inúmeras resultantes do destino, eu cheguei até aqui. É estranho pensar que todas as percepções e emoções boas ou más me fizeram ter a consciencia da pessoa que eu sou. E essa percepção me faz rir, e às vezes chorar. Na verdade essa percepção me comove e me motiva. Essa incrível orquestra de emoções e acontecimentos que me fizeram pertencer no momento do agora, e essa orquestra é vívida, continua e que me transportará para outros momentos.
Abre-se o livro da vida.
Segue-se o caminho.
Fala-se muito em recomeço. Mas não são recomeços, são continuações do ontem. Repletas de possibilidades e de caminhos que se acendem e apagam e torna-se interminável essa dança cósmica, que entrelaça tantos e tantos destinos, tantas emoções, tantas vidas.
A crença de que de alguma forma eu estou preenchida e por conta disso o caminho está livre para fluir e que toda minha maquinaria está engrenada a todo vapor para servir a vida me fazem sorrir.
Amo o que existe em mim e não vou me deixar para trás.
me conecto com a luz e agradeço por essa manhã de sol.