É Hoje o dia....
de usar aquele vestido florido do armário,
e andar de pé no chão
abandonar todos os calçados,
e comer com a mão...
Hoje é o dia..
de fazer Bagunça
dormir até tarde,
e rir pelo sim...
e pelo não..
Porque hoje é o dia...
de não guardar os rancores,
abandonar os recalques
e jogar fora as amarguras...
de abraças as diferenças...
e plantar bananeiras no quintal..
é hoje o dia de mergulhar de roupa e tudo..
de gritar de baixo d'água...
de tomar banho de ribeirão..
é hoje o dia de esquecer das contas,
de tomar banho de chuva
de brilhar intensamente...
Pq Hoje é dia de festa...
de perder a linha...
cruzar todos os limites...
cavar um buraco até o japão...
e contar todas as estrelas no céu...
Hoje é o dia de comer sorvete direto do pote...
dançar sobre brasas...
e fazer o que não nunca pode...
hoje é o dia de pegar emprestado
O chifre, o tridente,
a auréola e as asas...
e correr por aí...
Porque hoje é o dia do Sim
e o dia do "vale tudo"
Hoje é o dia de rir de cair..
cair de rir..
hoje é o dia de viver...
de jantar antes do café...
e comer a sobremesa antes do almoço..
hoje não há espaço pra tristeza..
não há espaço pra melancolia..
hoje Só tenho tempo pra festa..
e convido a todos vocês...
meus amigos, meus amores,meus irmãos...
Pra curtir esse dia de festa...
de alegria.. e deixar de lado.. tudo aquilo que não presta..
Porque hoje é o dia...
hoje é o dia de festa!
terça-feira, dezembro 21, 2010
domingo, dezembro 19, 2010
***a Rainha da Pipoca***

O dia que eu não ganhei o concurso da rainha da pipoca, vai ficar sempre marcado na minha memória, e eu sei disso, pq já fazem 15 anos que eu perdi a faixa barata e brilhosa, lotada de purpurina com os dizeres “Rainha da pipoca 95”.
Para quem não conhece, ou não se lembra, o concurso de rainhas da pipoca, era realizado tdos os anos, durante as festas juninas do primário, e eu nunca estive tão perto de ganhar qnto em 95...
Funcionava assim, a "professora-tia" ,que pode ter qualquer nome de pessoa boazinha, distribuía para todas as meninas da turma, um bloquinho com 10 papelzinhos, que eram os “votos” cada voto custava um certo dinheiro e vc tinha que vender esses votos, quem vendesse mais votos se tornava a rainha da pipoca...
Nunca fui uma pessoa muito rica,
Mas eu queria aquela coroa, eu queria aquela faixa, eu queria ser a rainha , ora essas! E saí desesperadamente tentando vender todos os votos que podia, perguntava para as pessoas da rua, perguntava para todos, por fim, perdi o hábito de merendar,
Passei a usar o dinheiro do lanche para comprar meus próprios votos,
Já tava no quinto bloquinho, enquanto todas as outras não tinham nem terminado o primeiro,
E aí, chegou o dia da competição , o dia que era proibido vender votos, era só contar...
Eis que a sobrinha da diretora, (que tbm era da minha turma e inclusive era minha amiga e tinha vendido só 2 bloquinhos) foi na mesa da professora, perguntou quem tava ganhando e por quanto, e falou com a professora que queria muito ganhar, e se ela podia levar os bloquinhos que faltavam e pagar depois. E a professora DEIXOU, e entregou todos os bloquinhos para ela.
NÃO, ELA NÃO PODIA!
Nunca me senti tão injustiçada, e já se passaram 15 anos!
Pq não era justo, ninguém disse que vc podia pagar depois, e nenhuma aluna podia ter acesso a contagem de votos antes de ser anunciada a rainha...
Ela desfilava para lá e para cá durante a festa junina, com a coroa e a faixa brilhante, “Rainha da pipoca 1995”.
Lembro perfeitamente de ter desejado que a faixa arrebentasse, que ela caísse, e mais um milhão de sacrilégios
Lembro de ter pensado em todos os lanches que eu não tive, e em todo que eu podia ter comprado com os votos. Podia ter comprado a coroa, a faixa, comprado o milho para a pipoca.
Minha decepção foi tão grande que nunca mais gostei da professora com nome de boazinha... nem quis comprar votos.
Deixei o premio, para quem ainda acreditava no sistema.
sexta-feira, dezembro 10, 2010
----*** Presentes***----

Não sei se esse pensamento apareceu por conta do natal, ou se porque um dia desses, eu estava arrumando o ambiente caótico que eu vivo, e encontrei uma foto minha com uma amiga de infância . A foto tem milênios... estava escondida num desses cantos obscuros do meu quarto, e eu não sei nem como foi parar lá....
Mas eu peguei a foto, olhei e sorri...
Naquele momento... no meio daquela bagunça ... a foto foi um presente...
Ao olhar a foto,duas crianças descabeladas sentadas com um cachorro numa rede, lembrei de como aquele dia tinha sido bom, e de como tudo era mais simples naquela época...
as coisas "eram"...sem nenhum outro propósito que não fosse "ser"...
Foi um presente inesperado... entregue pelo universo, ou por ninguém...
São tão espontâneos os presentes que a vida dá pra gente.. essas coisas bobas... Aquele "bom dia!" gostoso que um desconhecido te dá de manha, aquele sorrisinho divertido de uma criança no ponto de onibus,
esses bilhetinhos perdidos que amigos te mandaram a 10 anos atrás...
Toda vez que isso acontece nos meus dias, essas situações bobas, eu me sinto sortuda, eu me sinto leve....
eu sinto que o mundo é um lugar mágico...as vezes receber aquele vendo fresco no meio de um dia quente ( quando o sol parece estar te fritando de propósito.)
Ou ver um Sagui entrar na sua sala de aula e ficar sentado na mesa do professor, ou ver um Tucano voando no campus da universidade.
Um belo pôr do sol....
São coisas que vem ao acaso, mas são gratificantes.. são únicas...
Fazem com que os meus dias mantenham um certo encanto,
um ar especial...
Fazem com que vc se sinta amparado, pq apesar de tudo... a vida tem seus momentos bons.... e que tdo faz parte de um ponto de vista...
Talvez seja bobagem...
mas com certeza esses momentos dão mais leveza, mais graça e me mostram que a poesia está no modo que você encara a vida!
sexta-feira, julho 30, 2010
perfil 2

Quem sou eu?
Pergunte para o primeiro que passar, pergunte para as fadas e duendes do seu quintal, pergunte para o vento.
Pergunte para qualquer pessoa desconhecida por mim.
Eu sou o que eu faço de mim.
Uma série de dúvidas, de desassossego, um desejo de mágica, uma pitada de desespero.
um gostinho de esperança, um pouquinho de medo.
Eu sou um Neologismo , eu sou vários fragmentos, eu sou um inteiro.
Eu sou um sorriso divertido, um olhar desconcertado, uma piada sem graça. uma prenuncia de desastre.
Quem sou eu?
Eu sou o troco errado, o ônibus perdido, eu sou exatamente aquilo que vc quer
...só que na hora errada.
Eu sou uma caixinha de besteiras deliciosas de serem ouvidas e doloridas de serem ditas
Eu sou tudo aquilo que vc não quer ser, mas adora conhecer.
Eu sou o alarme indiscreto do que não se deve fazer.
Eu sou sobrevivente, a única, das tempestades que eu mesma criei.
Eu sou meu erro constante.
Sou a culpa dos culpados,
o medo dos covardes ,
a sorte dos azarados.
Eu sou tudo aquilo que pode dar errado... e no final...As vezes dá certo.
quinta-feira, julho 29, 2010
As Vezes
As vezes, só as vezes, eu acho que estou do lado errado da balança, o lado que sempre perde, que sempre fica por baixo,
que está sempre errado e por isso, as coisas dão errado, as vezes eu acho isso...só as vezes...
As vezes, só as vezes, eu penso que eu faço as coisas como posso. e Elas podem dar errado, como podem dar certo, quer seja culpa minha , culpa dos outros,, culpa de ninguém...
As vezes eu penso assim... só as vezes...
As vezes eu acredito que o mundo é cor de rosa, as nuvens são de algodão doce, e as casas feitas de pão de mel, as vezes eu acredito que tudo vai dar certo, que tudo é bom, e que nada no mundo é capaz de me atingir.
mas nisso, eu só acredito as vezes.
No resto do tempo, eu só acho, penso e acredito...
Qualquer que seja o resultado.
que está sempre errado e por isso, as coisas dão errado, as vezes eu acho isso...só as vezes...
As vezes, só as vezes, eu penso que eu faço as coisas como posso. e Elas podem dar errado, como podem dar certo, quer seja culpa minha , culpa dos outros,, culpa de ninguém...
As vezes eu penso assim... só as vezes...
As vezes eu acredito que o mundo é cor de rosa, as nuvens são de algodão doce, e as casas feitas de pão de mel, as vezes eu acredito que tudo vai dar certo, que tudo é bom, e que nada no mundo é capaz de me atingir.
mas nisso, eu só acredito as vezes.
No resto do tempo, eu só acho, penso e acredito...
Qualquer que seja o resultado.
sábado, julho 24, 2010
Colecionadora de Sorrisos

Ela tinha um hábito peculiar, que era só dela, pelo menos era o que sabia,
ela gostava de colecionar sorrisos, tinha um monte deles, um para cada dia do ano,sorrisos de todas as formas e espécies, "com dentes"," sem dentes", "com a boca aberta" e" fechada", "de canto de boca', sorrisos roubados,sorrisos...
ela os coletava durante horas de trabalho árduo, gracejando sem parar, e a cada piada que contava, a cada deboche que fazia, era mais um que ela guardava, era mais um sorriso que conseguia.
pois não existia nada no mundo que a satisfizesse mais que coletar sorrisos, depois guardá-los em sua caixinha , os coletava com o triunfo de um dever cumprido com o coração lavado...
- Agora vejam só! todos os sorrisos do mundo em uma caixa!-
Todos menos um! A colecionadora de sorrisos, não podia guardar seus sorrisos na caixa... pois ela mesma, não tinha nenhum...
quinta-feira, julho 22, 2010
Senhora do Tempo

Por um segundo, entre um trago e outro, enquanto a fumaça ainda estava na boca, ela percebeu que as areias da ampulheta pararam de descer. E ao olhar ao seu redor, deixou de fazer parte da cena. Era ela e o resto.
Pode observar a mulher gorda enfiando um enorme bombom na boca, Um homem se despedindo da esposa e da filha e do outro lado da rua, sua amante de olhos ardentes, mordendo uma maça(nada poderia ser mais significativo).
Pode ver o pedinte suplicando pela esmola do homem que dentro de seu carro de luxo estava alheio ao mundo a sua volta. pode perceber ainda o senhor que lia o jornal, a dama de vermelho que atravessava a rua, os vira-latas olhando enfeitiçados para o frango na padaria. As batatas que não caíram no chão.
Percebeu-se então , senhora do Tempo , responsável por ele, senhora da verdade daquele instante.
Observou os pássaros parados em pleno voo, as crianças brincando no parquinho,
O relógio parado da praça,
Pode ver todos eles lá, parados e exactamente onde estavam...a um segundo, a um minuto, a uma vida.
Só ela assistia a aquilo tudo...
Percebeu-se então...sozinha.
terça-feira, julho 20, 2010
O Manual dos pequenos prazeres

CHEIRO DE CHUVA!
um banho de lua
Banho de chuva
cheiro de manjericão
olhar o céu, passear no bosque
gargalhar até brotarem lágrimas nos olhos
sorrir de cansaço,
comer uma torta de chocolate
tomar um sorvete no calor,
agua qndo se tem sede
xixi qndo se quer ir ao banheiro
ler numa tarde fria
ler numa tarde fresca
ler...
esquecer por alguns minutos quem você é...
saber quem vc é.
não existir para ninguém além de vc mesmo
dançar até cair
quebrar um copo(sem ter que limpar a bagunça)
não ter lugar nenhum para ir, e ir ainda sim...
tardes inesperadas e divertidas
encontros amigáveis
fazer alguém rir
não ter medo de errar
não ter medo de acertar
criar
colher flores
comer fruta no pé
pipoca e filmes
certezas
sorte
margaridas
encontrar dinheiro no chão.
filhotes
abraços apertados
deitar na grama...
queijo parmesão...
vento fresco no rosto.
fofocar com amigas...
gritar em baixo dagua
viver...
A felicidade não é uma meta, e sim um momento...
e é tão simples e acessível quanto um par de sapatos novos!
Faz tanto tempo que eu não faço isso...Tanto tempo que eu não banco a escritora sem talento...
perdi um pouco da essência, não sei nem se existiu alguma essência...
mas estou tentando tirar a poeira dos dedos, desenferrujar as articulações, reprogramar meus sistemas .
tenho sentido falta de me expressar, de vomitar os sapos engolidos, de sorrir, não pelo desespero das derrotas diárias, mas porque eu estou bem...
Tenho sentido falta de ser viva...
Eu sempre fui muito viva..
e agora me sinto morta, bege, apagada...
me lamuriando como uma fraca...
queria ter alguma coisa realmente incríve para escreverl...
mas as coisas incríveis não estão aqui...
terrível não?!
perdi um pouco da essência, não sei nem se existiu alguma essência...
mas estou tentando tirar a poeira dos dedos, desenferrujar as articulações, reprogramar meus sistemas .
tenho sentido falta de me expressar, de vomitar os sapos engolidos, de sorrir, não pelo desespero das derrotas diárias, mas porque eu estou bem...
Tenho sentido falta de ser viva...
Eu sempre fui muito viva..
e agora me sinto morta, bege, apagada...
me lamuriando como uma fraca...
queria ter alguma coisa realmente incríve para escreverl...
mas as coisas incríveis não estão aqui...
terrível não?!
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